ainda me lembro do sol a bater nos teus cabelos pretos, ainda me lembro do brilho do teu olhar, ainda me lembro das nossas tardes, dos nossos amo-te e a perfeição que eras. ainda me lembro dos nossos abraços, dos nossos beijos e de como prenunciavas a palavra: namorada. ainda me consigo relembrar de tudo, como se fosse hoje, como se fosse o nosso dia-a-dia. não um eu e não um tu, mas um nós. não um singular, mas um plural, o nosso plural.
talvez o destino não fosse nosso, talvez a nossa história não estivesse escrita para sempre, talvez os nossos sonhos, não eram nossos. eram os teus e os meus sonhos, impossíveis de se juntarem. não és perfeito. fizeste-me sofrer e eu disse que nunca mais te ia perdoar e que nunca mais queria saber de ti, mas eu AMO-TE e isso fez-me esquecer de todas as coisas más e lembrar-me de tudo junto do coração. às vezes, se quisesses sabias que eu ainda te amava, que eu ainda choro por ti e que eu ainda te quero. luto, por dentro, por ti, mas sei que gasto forças desnecessárias. enquanto tiver força, enquanto tiver lágrimas, enquanto o meu coração for teu, enquanto a minha boca pedir a tua e enquanto te amar, eu vou lutar por ti.
porque é que eu ainda te amo? porque é que ainda sonho contigo? porque é que o meu mundo te quer? porque é que existe a saudade? porque é que te vejo sem te poder agarrar? porque é que me deixaste? porque é que espero por ti? PORQUÊ?