terça-feira, 12 de julho de 2011 @ 12:47
«é difícil esquecer aquela nossa imagem espelhada quando entrávamos os dois de mãos dadas. assim tão simplesmente feitos um para o outro, num espelho tão real da nossa imagem; e não só a imagem, não só as duas figuras ao lado uma da outra. também os olhos que se entendem quando se olham e se vêem, são as mãos no corpo e a ponta do tacto na pele. tudo se entende: os ouvidos na conversa difícil, mas simples, a minha boca na tua gargalhada, os meus lábios na curva do teu pescoço, o teu humor no meu espírito, a tristeza, a novidade, a descoberta, os recados. acho até que temos medo, ao mesmo tempo e partilhamos as mesmas dúvidas e as incertezas e mostramos tudo e não nos defendemos de nada. Aas vitórias e os sucessos, os fracassos e a fraqueza e a paixão renova-se ao mesmo tempo. o querer é tão igual e puro, a sintonia da entrega, a partilha de tudo o que não chegámos a fazer e o sonho real de poder fazer é verdadeiramente impressionante e é nobre, é forte, é intenso e é genuíno. eu não suponha, não imaginava, não acreditava que o amor era assim. e nunca fui amada como por ti e nunca amei como te amo. e dói-me quando não te tenho e falo-te de tudo e oiço-te com tudo. deste-me tudo e mostraste-me tudo, ensinaste-me e eu cresci tanto. sou uma mulher, agora. e acabámos por ficar um sem o outro.»
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