não interessa o que pensam, o que vão continuar a pensar e a dizer. são os meus sentimentos. estão feridos e sim, fazem doer. o coração quer sair daqui, quer ganhar asas e voar, voar para um sítio onde tenha liberdade e felicidade. os meus sentimentos podem ser de raiva, de ódio, de amor, mas são eles que mandam em mim, são eles que me fazem ser quem sou, uma pessoa fria, má, estúpida, parva, o que queiras, porque não podemos achar as mesmas coisas uns dos outros e, só de pensar que te amei com todos os defeitos, com todas as qualidade, sinto-me mais fraca, porque aquilo que via em ti era, simplesmente, o nosso passado. não vou dizer que nunca te amei, porque isso é mentira, mas... - há sempre um mas - se calhar, confundi tudo e o que queria para mim era mesmo mais que amizade, mas não era namoro. agora, acho que não estava preparada para ti e, não escrevo isto por odiar-te, porque ainda me odeio mais a mim por sentir algo por uma pessoa que não vale a pena, mas valeu alguma vez? valeu, enquanto me respeitavas, enquanto me fazias feliz, porque tu não sabes quantas vezes eu pus um sorriso, quantas vezes eu não te respondi mal só para que nós ficassemos sempre bem. e do que é que isso valeu? de uma grande felicidade podre, de estares sempre bem e eu estar sempre mal. valeu para me atrasares a vida e continuo com o mesmo sentimento: morre e sái daqui agora, porque este coração já não te pertence, mas tu não o deixas em paz. morre do pensamento, das esperanças, dos sentimentos e das memórias. morre, porque a mim já não me fazes falta.

sabes que mais? eu ODEIO-TE! e cada dia que passa vou-te odiar mais. é o ódio por quem me quer bem, ahah. morre, mas longe!

a partir de hoje, tudo muda. mais ninguém saberá que ainda escrevo sobre ti e sobre nós. mais ninguém saberá que choro por ti, mais ninguém saberá que ainda vivo das nossas memórias.
vou-me fazer de forte e ignorar todo este amor que ainda sinto por ti, um amor proibido, de facto. pode ser egoísmo meu, pode ser a minha vontade de te querer, mas sei que um dia ainda voltas.
a partir de hoje, escrevo em silêncio, com o meu coração. com um coração despedaçado e à tua espera.
não te conseguia imaginar com outra pessoa, mas na verdade, tu já tens outra pessoa. desilusão. uma pessoa que, de facto, te faz sentir feliz e amado, mas eu sei, bem cá no fundo, que ninguém te consegue amar tanto como eu amo e como vou continuar amar todos os dias da minha vida. agora, que todas as pessoas pensam que eu já te esqueci, posso chorar, pois elas vão pensar que é de outras coisas quais queres. vão desconhecer que a razão do meu sofrimento és tu.
hoje, com muita pena minha, tive que deitar fora a rosa que me deste. uma rosa muito bonita, uma rosa vermelha e com um papelinho a dizer: com amor. lembras-te? lembro-me desse dia, lembro-me do sorriso que dei e da maneira como sorrias para mim. lembro-me de, também, teres dito que eu era a tal, mas isso valeu de alguma coisa? se queres mesmo saber, ainda hoje me interrogo se isso foi verdadeiro ou de propósito, porque agora tens outra pessoa.
digo a toda a gente que quero que sejam felizes, mas, no fundo, não quero. não quero que sejam felizes, quero que esta fase vos passe e estrague tudo o que têm agora, só para tu veres como me sinto. e aí, quando vires à minha procura, eu dir-te-ei que já sabia que isto ia acontecer, mas que agora só tinhas que seguir para a frente, porque para a frente é que é a vida. sinceramente quero que esse dia chegue, quero que me peças conselhos e quero-te ver a sofrer. desculpa esta frieza toda e este meu egoísmo, mas é o que te consigo dizer. estou magoada, desculpa-me.

estou de paz com o coração, com o amor, com a alegria e com a felicidade.
para que todos tenhamos paz, temos que procurar formas de ser feliz, de acreditar de novo na felicidade, no amor, quando somos feridos gravemente. temos que esquecer as inseguraças e ignorar que, algum dia, fomos magoados. temos que dar oportunidade ao amor, mas com calma, devagarinho para que nada aconteça de mal aconteça outra vez.
tempo e dedicação é a melhor cola para colar o coração, para que todos aqueles bocadinhos partidos se juntem de novo e fiquem como novos.
conseguir dizer que queremos ir ao arco-íris é bom.
rirmo-nos do nada, chorar a rir, dar abraços, beijinhos e dizer palavras fofinhas, sentidas, é óptimo, é ficar bem e ficar bem é conseguir sorrir pelas coisas mais simples da vida, as coisas que quando estamos tristes só nos irrita e nós não apreciamos a sua beleza.