Sou a Sara, tenho 16 anos e moro em Torres Vedras.
É aqui que, muitas vezes, me perco nos pensamentos, nas lágrimas e nos sorrisos. É aqui que quero partilhar as minhas tristezas, as muitas alegrias e é aqui que encontras os meus sentimentos.
a vida será sempre assim; uma montanha russa de sentimentos. um dia, estás feliz e noutro estás infeliz, mas lembra-te: a infelicidade é apenas uma questão de prefixo e o amanhã, será sempre melhor.
Boas leituras.
Segue-me ♥



Se não for hoje, um dia será… algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, nós sabemos, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo…
Caio F. Abreu
Fim de verão
terça-feira, 24 de julho de 2012 @ 23:59

E era isto que eu mais temia... Tu prometeste e eu acreditei. Acreditei que eras diferente, que tudo o que passámos era verdadeiro, mas afinal? Afinal o que fica? Lágrimas, distância, tristeza, noites mal dormidas. Não, não foste mais um para mim, apesar de agora ter que te tratar assim...
 Agora, lembro-me dos nossos passeios na areia, dos nossos beijos ao luar, dos nossos abraços, dos nossos amo-te, das nossas juras, das nossas brincadeiras, das nossas mordidelas, das nossas idas ao mar... Choro, choro sem fim. Eu acreditei, acreditei que a distância não fosse problema... Acreditei quando disseste que era comigo que ficavas... Mas, se calhar, é esta a lição que levo... Amores de verão, não passam do verão, é por isso que se diz que são de verão. Mas sabes? Apesar de chorar, de estar aqui a chorar, nesta noite fria de Setembro, eu quero que saibas que tudo o que passámos para mim, foi eterno e, talvez seja essa a razão que, sempre que fecho os olhos, me vem, à cabeça, os teus olhos azuis, o teu corpo bronzeado, o teu cabelo moreno, tu agarrares-me da maneira que tu só sabes, de dizeres: És minha!. Choros, soluços, reviravoltas na cama... Abano com a cabeça, reviro-me e... Tenho que concordar, sou tua. Sou tua, sou tua prisioneira, sou a pessoa que confiou o meu coração a uma pessoa como tu. Não mereces, não és ninguém. Tiraste-me a vontade de viver, de sonhar.
Só me lembro da nossa despedida, choravas, davas-me a mão e dizias: "Não tenhas medo! Quando tiveres medo de ires em frente, eu estou contigo. Esta será sempre a nossa duna, este será sempre o nosso verão, o nosso segredo" Mais choro.
Olho para o telemóvel, vou ao teu número, carrego onde diz "escrever uma nova mensagem". Neste momento, mil e uma coisas me apetecem dizer, mas, de repente, perco-me nas palavras, nos choros e, de novo, vem a tua assombração, o meu medo... Apago tudo o que escrevi, escrevo amo-te. Fico a olhar, choro, olho para o relógio: uma da manhã. Amanhã é outro dia. Espero que te lembres de mim, um dia... Agora, não te vou poder beijar mais, não vou poder ficar contigo, tenho que te esquecer... Para sempre! Tenho que pôr na cabeça que foi só um amor de verão, agora o que resta é o vazio dentro de mim, o sentimento que desapareceste...
O verão chegou ao fim, mas o meu amor por ti, superará Invernos. 

Dedicado a Sandra Narciso. 
http://www.youtube.com/watch?v=He3qmXo0oww
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10:35


E já tinha passado uma semana. As coisas nunca mais foram como eu queria, não me sentia capaz de andar, de falar, apenas voava e isso, posso-vos dizer que é possível. As pessoas são umas patetas! Acreditam plenamente no que as outras pessoas dizem. Se as pessoas dizem que é impossível voar, elas acreditam, se as pessoas dizem que é impossível salvar-se da morte, elas também acreditam... Então, é assim que a nossa sociedade se está a criar... As pessoas acreditam no que as outras pessoas acreditam, mas e os nossos sonhos? Isso é realmente o que mais importa! Não sei como consigo escrever, não sei como, sequer, consigo respirar! Sim, a culpa é tua! 
Chego a casa e puxo de um cigarro e de um Cd dos Beatles, sento-me no sofá e tudo o que quero é nicotina, forte, para que possa, rapidamente, sair desta casa! As paredes cheiram a nós, às noites, às manhãs, às discussões, aos ciúmes... É triste ver no que as pessoas se podem tornar... Mais tarde ou mais cedo sabia que éramos invadidos pela escuridão e pelos pensamentos negativos.
Tu não me consegues ver, ou sentir... Estás demasiado exposto à tua vida, à vida da tua banda, do nosso filho e eu? Eu sou o quê, afinal? Alguém que tu, às vezes, pedes para beber um copo, ou dois, ou três? Sempre acreditei que chorar fazia mal, mas agora, acho que chorar é o melhor! Chorar em silêncio custa, chorar sem ninguém te ver ou apoiar custa ainda mais. Sinto-me sozinha com o Heitor. Ele tem três anos e não tem culpa dos pais que tem. Eu amo o meu filho, farei de tudo por ele. Há uns anos diria que faria de tudo por ti, mas não posso fazer de tudo por uma pessoa quando o que ela me dá é nada. Sempre que te confronto tu dizes: "E o dinheiro que temos?" O teu dinheiro não chega para o amor que preciso. Somos tão pobres que a única coisa que temos é dinheiro. Quero poder sentir-te mais, quero poder ouvir dizer "amo-te", sem pressas, sem discussões... Outro cigarro, outra música, outros pensamentos. Chegaste.
- Olá! - Digo.
- Oi.
- Estás bem?
- Não. Preciso de falar contigo. - Nisto, ele desliga o som.
- Diz!
- Tenho saudades tuas!
- Eu também! -  E beijámos-nos como à muito não fazíamos.
Sinto que as coisas vão poder mudar... Com o tempo, de vagar, sem pressas, porque, afinal, ainda nos amamos... Pelo menos, acredito que sim ou quero acreditar que sim. Se não, porque razão ele me beijaria? Me diria que me amava, me diria que tinha saudades minhas?
Do fundo do corredor, enquanto fumo um cigarro à varanda ouço: "Olá, mãmã!", ouço o Heitor a tentar correr. Abro-lhe os braços e digo: "Bebé, vem cá! Como foi o teu dia?" E ele apenas diz: "Bincá" e deixo-o ir brincar. Continuo a fumar na varanda e sinto-o a agarrar-me e diz:
- Espero que seja desta vez... I was made for lovin' you and you are made for lovin' me. 
- Always, my love. - Disse-lhe, beijando-o de seguida.

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