Sou a Sara, tenho 16 anos e moro em Torres Vedras.
É aqui que, muitas vezes, me perco nos pensamentos, nas lágrimas e nos sorrisos. É aqui que quero partilhar as minhas tristezas, as muitas alegrias e é aqui que encontras os meus sentimentos.
a vida será sempre assim; uma montanha russa de sentimentos. um dia, estás feliz e noutro estás infeliz, mas lembra-te: a infelicidade é apenas uma questão de prefixo e o amanhã, será sempre melhor.
Boas leituras.
Segue-me ♥



Se não for hoje, um dia será… algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, nós sabemos, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo…
Caio F. Abreu
carta para ti.
quinta-feira, 30 de junho de 2011 @ 12:00
30.06.2011, torres vedras.


tenho saudades de ti, tenho saudades de nós. mas isso fará algum sentido, hoje? agora? e amanhã? não, não fará mais sentido continuar a tentar apanhar-te, quando não consigo. já não consigo chorar, já não consigo sofrer assim. não é justo para mim, nem para ti. não é justo continuares a “levar” comigo, não é justo eu continuar a carregar um sentimento que tu não me podes dar.
sabes? gosto muito, muito de ti. aprendi, sorri, chorei, sentei-me a teu lado, sonhei contigo, abracei-te, beijei-te e tu, fizeste-me feliz. eras único, diferente, um príncipe, um bonequinho, um tesouro, eras o meu coração, eras o meu verdadeiro sentimento.
eras o sol, a lua, as estrelas, os cometas, o mundo, o meu universo. até hoje continuava a sonhar com o nosso dia, um dia, numa praia, (lembras-te? dunas? irónico tudo isto…) ouvir-te tocar na tua bela guitarra, ver os teus olhos a brilharem com os meus, ver-te abraço comigo, mas agora... já não faz sentido sonhar com isso, já não te posso amar, embora este sentimento seja forte e é difícil esquecer tudo o que passámos, a nossa história...
sei-te de cor, como as minhas músicas. sei os teus defeitos e as tuas qualidades e aceito-te como és, nunca te pedi para mudar, pedi-te para continuares a seres quem eras, mas é pedir muito. agora, estás bem, estás feliz e eu, eu conseguirei ir em frente, em frente nestas ruas; irei iluminada por luzes e em silêncio, respeito o teu silêncio, sempre respeitei. agora, sei o que é não ter alguém com quem partilhar tudo, tudo de mim. agora, sei o quanto dói o silêncio e a noite escura, sei o que é não ouvir amo-te. agora, sei o que não é ter planos, sei o que é não ser desejada e amada. agora, sei que não há ninguém que sonhe comigo, sei que não há ninguém que necessite dos meus braços, do meu conforto. agora, sei que não há ninguém que tenha medo de me perder. agora, sei o que é ver pessoas de mãos dadas e ficar triste. agora, agora eu sei o que é ter-te como amigo e não poder dizer o que realmente sinto. sei, infelizmente, o que é conter sentimentos, sentimentos maiores que eu, maiores que o meu coração, maior que todo o meu ser .
agora, amor, sei que dói ver o sol e pessoas feliz. agora, dói deitar-me sozinha e sonhar apenas contigo. talvez, seja na cama que eu sou mais feliz. talvez, seja lá que te veja, que te veja como sempre vi.
agora, é hora de me despedir. agora, é tempo de te dizer adeus, de dizer adeus ao meu amor por ti, à minha escrita só para ti. adeus e, pela última vez, amo-te do meu coração, amo-te como és, amo-te, pois amo, mas não posso.
agora, vou combater este sentimento e guardar-te como um grande amigo. agora, é de vez, já não aguento e não aguento mais.
era uma vez… dois amigos que, ainda hoje, têm uma grande amizade guardada no coração, que passaram por muita coisa juntos, mas que hoje, estão bem e partilham tudo aquilo que um dia, partilharam.
até já, até um dia. estás no meu coração, estás na minha cabeça e estás para sempre na minha vida. tesouro, é o que tu és; um tesouro que eu descobri e que quero guardá-lo para sempre.

sara rodrigues.